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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Velório

Uma curva observada, na pétala da flor que ainda exalava
o perfume da dor morrida, sobre um corpo jazido ainda jovem.
Giovana em pura aflição derramava ao chão gotas que diziam 'adeus João!'

E os olhos languidos pairavam sobre a curva rosa.
E nem o tom branco do perfume da morte lhe tomava a atenção,
apenas tornava a lembrança do lugar presente, algo sorrateiramente real.

E o corpo deitado à sua frente lhe desesperava.
E era um desespero de saber-se assim também, num por vir qualquer,
largada dos sentidos, em meio à curvas de rosas coloridas de um futuro por nascer.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Solitária

Na mais audaciosa languidez:
Pra onde irás com tal sentimento,
por acaso é para dentro de ti?

Novamente o ecoar do silêncio repercutiu.
E uma gota de água deitou em seus lábios
todo o gosto do pretérito tempo rememorado em prantos.

Os olhos redondos se apertavam por entre as pálpebras,
num peso que lhe apertara ao peito toda a pressão atmosférica,
e o Sol, o Sol subia tão levemente que um balão cheio de hélio me veio a cabeça.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Auto-psia.

Sinto-me um caldeirão de inquietações tranquilas. :)
A mente nunca vazia, cotovelos na invizivel escrivania.
Viola a proteger-me o tórax e a barriga...

Delego minha solidão à nostalgia dos romances lidos.
Convido o meu desejo para o teatro do possível
sonho imaginado por um corpo que voa ao andar.

E as juras de Julho repercutem-me em outubra manhã,
no "eu divã" construído em negras noites iluminadas por vaga-lumes,
milhares deles a formar lustrosa nuvem de imaginação.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Aurora tropical...

É dia, e nada trouxe a manhã,                        
para além do que se vê sob o lume solar.      
E fica um não 'sei o que' de Om no ar...

E nada digo para o que vejo verde, azul e vermelho,
sob o dorado que pinta de cima até embaixo.
Num quê que encrusta no vazio das vistas o elo terreno.

Firmamento de andar com a cabeça nas nuvens.
Abobados, sob a pressão da abóbada que gira em cores,
e que embriaga à lente o ocular que se oculta frente ao táctil querer.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Tubo de existir.

A certeza é certa coisa em coisa alguma,
é um naufragar em si mesmo para se ter por ilha
e lançar-se nas rochas como alga marinha.

E daí, agrupar-se ao lodaçal
e juntar-se ao grosso linquem para fazer frente ao vasto mar,
na pavorosa certeza de perder-se no deserto de verde frescor.

Eis aqui algo de sal e vertigem, de dizer com a pele.
De desmembrar da essência o núcleo do sentido, que nada diz,
por assim não ser, por estar imerso àquilo que não é.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Por caminhar...

O passo perpassa o espaço       pisado pelos pés descalços
numa rota redondamente circulada,    brotam e falecem as gramas
E as sensações calcam o cérebro       deixando ai um simulacro de ideia.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Na minha aldeia

Um tal de sentir não sei o que
apareceu-me como coisa alguma.
Fagulha de indescritível arregalar de olhos.

E foi um tal de ouvir musica,
de sentir no ar o inspirar de musas,
e flores abstratas às quais não existem, letras mudas.

E o garimpo mais uma vez veio ter comigo.
Mas agora era um outro rio que lavrava minhas esferas negras .
E do pó, licoroso negrume veio a tona, e a estelar rocha nasceu como lágrimas de deus.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

2000 e Tantos Brasis...

As ruas desconfiguras, o frenesi das maquinas.
A hora do pagamento, o momento da jogada.
A gan-ânsia em campo alegra o pop(ul)acho.

O efeito do chute desvia o olhar da bunda que o leva.
Na realidade tudo passa por ali, por entre as traves do regresso.
Feito processo falsamente modernizado pelas tabelas de valoração Made in China.

Em toda e qualquer esquina cai por terra a esfera polida.
Quão pérola na boca de porcos, as marcas se defiam em grosseria.
E por todos os lados brotam esgotos e garotos franzinos em peladas. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Esgrima.

'Maldito escrito', dizia o dito lido por Tito Lívio.
E inbuído, pensava no não sentido do seu culposo suspiro.
Seria um inimigo, ou um fanfarrão que se destinou a jogar-me por escrito ao chão?

Mas deixe pra lá, meu orixá irá cobrar e de par em par o brincador se complicará.
Oxalá, por entre essa gente não se deve "vacila", maldizer e por nada esperar...!
Quiçá, esqueço o dito e retorno ao escrito, transito entre a pena e o sangue que esquenta as têmporas.

O que sustenta é a sabedoria, saber que o que esquenta também se esfria, se não na mesma velocidade,
pelo menos algum dia e quando o for, direi na calmaria que, se assim dizia, eu, por outra forma lia, ria,
e na época da ira despertada pela fatídica escrita, pensava no desvio que foge da reta linha que alicerça a tinta.

sábado, 18 de maio de 2013

Destemperado.

Algum conceito sem definição poderá vir a ser ou
ter uma noção  que seja um objeto de compreensão
de inquirição ou meramente, de sensação?

Se, se diz a palavra 'amor', alguém sentirá ou imaginará
toda a trama lógica que naturalmente implica ou
deveria implicar um conceito qualquer, como 'ética' ou 'estética'?

Trocando 'amor' por 'tesão' ou 'paixão', findar-se-ia a questão?
Mas também, por pura imaginação, o que se diz realmente pela razão?
Um ser em si qualquer deixaria de ser um ser absolutamente em si se um outro ser sentir?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Adultérios

A musica sai da alma, ganha o cérebro,
se treme até aos ouvidos, desgrudando-se,
sai ela orelha a fora e ganha a visão...

Percorre o tato do tocador e adentra as entranhas
do instrumento que a traduz ao cosmos que guarda
anjos, arcanjos  deuses e demônios, o silêncio ganha altura.

E reconduz-se novamente aos corpos que a guardam como almas próprias,
ainda pneumática, etérea musa, incerta de ser assim ou assado, num para-além sem lados,
virgulas ou colcheias, sem tal qual, convenhamos, a beleza chega como a morte, sem cerimônias.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pequeno ao ar.

Um cão alado beira a eira do meu telhado, rosna e expurga sua pulgas.
Os caras de sapatos não o podem chutar, e por isso grunem como ienas.
As minas passam e miam a alquimia dos feromônios capitalizados em essências da Victoria Secret.

E o cão vai, voa para mais além, e todos vêem suas chagas sangrarem aos céus.
E como uma borboleta ele voa, bela e suavemente vai o canidio de asas, a sobrevoar
a América do Sul, seus carrapatos caem de vertigem das alturas, e cá embaixo os abutres gargalham.

O cão baila um balé desconcertante, nada mais voa, apenas ele plaina na vastidão.
E de repente ele retorna para a eira, ergue sua pata traseira e demarca seu território,
recolhe suas plumas e assenta seu traseiro no quintal recoberto por folhas e se põe a coçar a orelha.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Manhã noturna

O vento, o hálito que o sol emana sobre o vácuo
que nos acolhe, onde nossa órbita gira sem empecilho algum.
E assim meus olhos se inundam para seguir o seu passar quase invisível.

O globo, o olho transvolto em si, para ti, paira num céu azul de chuva por vir.
A luz fresca do sol brilhante em dia de goticúlas quentes se abre
em um céu poente de garças, que vão dormir nas galhas.

E o rio em chuva, se enche de agua escura, e para dentro de mim
tudo se nubla em madrugada sem aurora, em eterna penumbra saída de escura noite.
O instante se faz eterno, perene e universal, e nisso lágrima alguma cai, e nada espanta a apatia.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Aporia

Isso era aquilo até transformar-se nisso.
E nisso ficou aquilo sendo isso.
Porém aquilo vindo a ser isso findou-se nisso que viria a ser coisa alguma.

Entretanto eram tantos sendo coisa alguma
que alguma coisa ficou entre o Ser  e o em ser uma coisa qualquer,
indefinidamente desprovida de identificação.

Mas nisso, não lhe enviavam dedos declaratórios
e nem proposições desconstrucionistas de desconstruções já construídas.
E era triste ser qualquer coisa indefinida mas de alguma coisa provida.

E nisso, coisa alguma acontecia e se acometia de silenciosa calmaria.
E isso era o fato transitório do invólucro peremptório do seu universo.
Mas aquilo, de tão sem massa, métrica ou quilo deixou o pesar, e cessou o seu pensar.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Devaneio (A)cidental...

Fim de mundo, de algun dos mundos impossiveis para uma razão sulficiente, mas nada disso findaria o absurdo
de ser o desconhecido o fermento do conhecimento,
milagre grego em cerebros troianos, lamaçal de cefálias nórdicas
em cuia de tupinambás.

Esse mar negro que fica azul para além da aurora,
esse destino do esférico resplandescente que inventa o arvorecer,
e aos seus pés o eu atomo em efeitos catastróficos, reluz a alquimia
das fontes embebida em musculos e ossos consaguinados a Géia.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Consolação

Quando era triste chorava.
Quando era alegre, sorria.
Quando era nada, pensava que algo
era alguma coisa.
E observava que
às vezes,
de noite,
a chuva
se pareçe com
barbantes transparentes.
Mas
na verdade
ela
pareçe
mesmo
é sair
das luminárias
públicas.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Tu-pinica-nos

A caneta, a desfeita, a espreita,
dita, escrita, maldita em lingua
de cerebro derretido em baba,
ali, nas folhas transmortas em
celulose, branca, e abranda a dor
do fogo saído como trovão do pau
que te fizeram transpassar ainda virgem,
e impingiste teu liquido brasil em vestes
nobres, maldição sem fim!

terça-feira, 12 de março de 2013

Preleções Política


Falar sobre política é tratar também de relações humanas, dos modos coletivos de vida e principalmente nas operações que se faz para manter esses modos de coletividade.
            Por outro lado nos é possível observar que no seio das mitologias as relações de associações ou quebra das mesmas entre seres divinos, mitológicos, revelam algum caráter mitológico da política, inclusive é por via de acordos que desenrolam os processos que culminam na manutenção de dadas condições de existência.
            Porém nossa questão é bem menos complexa que uma metafísica acerca da política entre seres mitológicos ou entre homens e deuses ou Deus.
            Dessa forma teremos mais espaço para buscar mais pontos de vistas que apenas o nosso e julgaremos com maior profundidade o que se encontra na superfície das nossas cidades, do nosso cotidiano tal qual temos a sensação por estarmos culturalmente imersos.
            Do ponto de vista do discurso, se é que podemos dizer assim, os melhores argumentos superam os que não foram bem construídos, pelo menos não para o discurso em questão, e dentro de uma cultura fortemente centrada na ordem do discurso, as ferramentas de análises dos mesmos será algo bastante sofisticado.
            E dessa etapa para uma mais ampla onde o que entra em questão é ou são os discursadores e a ação do discurso, o legado vai além do princípio de refutação.
            Se o discurso é composto por sobre posições de argumentos que se fortalecem, formando um bloco com objetivo comum as intenções do que discursa, e julgamos que são intenções o fator determinante nas associações políticas.
Ao falarmos de política, naturalmente estamos inclinados a discorrer tendo o nosso modo de entender a política como ponto de apoio a nossa pesquisa, mas é claro que isso não pode se tornar uma marca ou, um vicio e que possamos ir ou pelo menos buscar encontrar uma essência onde nos seja possível a partir dela, entender outros modos.
Nesse caso falamos a partir do conceito de democracia, desde sua definição dada pelos gregos do período clássico, e daí buscarmos por via de alguns pontos que consideramos como necessários para compreender o estatus no qual se encontra tal conceito nos dias atuais.
Costumeiramente ao falarmos de política ou melhor, filosofia política, pensamos em nossa memória nos gregos, principalmente nos mais conhecidos como autores do tema, sim falamos aqui em Platão e Aristóteles, tradicionalmente considerados os grandes pensadores do Ocidente historicamente concebido por ter tal e tal forma de pensar.
Essa forma de pensar desenvolvida na Grécia antiga como disciplina autonoma, ou seja como filosofia, parte de observações particulares para conclusões universais, possibilitando assim desenvolver teoria, ou seja uma teia argumentativa onde se diz situações que se tornam geralmente aceitas para os objetos em questão ou semelhantes aos objetos em questão.
E assim como uma pedra é um objeto de análise, uma cidade pode também o ser, dadas as suas definições e a unificação dessas definições ao conceito cidade, tem-se um objeto que pode vir a ser classificado como pertecente ao conjunto dos objetos com as mesmas caracteristicas ou semelhantes. Como podemos notar na seguinte passagem:


Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política (Pol., 1252a).

Pudemos ver nessa passagem da obra Politica, de Aristóteles, uma oração definitória da politica por via da definição de Bem comum, de associação de homens numa comunidade com vistas ao melhor que essa convivência possa proporcionar. Porém o estado Grego era formado por cidades estados, autonomas em suas decisões e administração, o que dizer dessa definição nos moldes de estado atual, onde existe um governo central do qual emana forte influência nos outros modos de representabilidade?
Poderiamos atualizar Aristóteles e dizer;

Vemos que todo pais é uma espécie de comunidade de estados e esses de cidades, e todas as cidades reunidas visam o bem do pais que por sua vez visa o bem dos habitantes das cidades, e todas as ações visam o que lhês pareçe ser o bem de todos. É evidente que todas as cidades são compostas por casas, edificios, e construções em geral, e a mais importante de todas elas é a que reside os que administram os objetivos de todos, ou seja a felicidade das cidades e do pais e ela se chama constituição politica.


È claro que do ponto de vista atual fica estranho atribuir hierarquia de funções pois a cidade é um construtu de todos que nela vive e a cultura de atribuir o bem e o mal transcende a mera observação dos objetos. E parte para obseravão dos desejos daqueles que vivem numa comunidade, e a força politica do imperativo que categorizará o que será certo/bom, ou errado/mal será a conformação das cidades do ponto de vista dos que a comandam.
Como nem sempre os que comandam são os que administram, as cidades se tornam uma icógnita, um fenômeno humano, demasiadamente humano, e essas caracteristicas estão presentes na politica como algo natural, e de alguma forma fazendo parte da definição natural de politica, ou seja resolução de conflitos de interesses numa mesma cidade, num mesmo estado.
 Na obra O discurso da servidão Volúntaria, no século XVI, escrita depois da derrota do povo francês contra o exército e fiscais do rei, que estabeleceram um novo imposto sobre o sal., Etiene la Boetie faz questionamentos da real natureza do acontecido.Nessa obra, o autor pergunta-se sobre a possibilidade de cidades inteiras submeterem-se a vontade de um só, e basicamente e le chega a dizer que um são varios e por fim fica como diria Leibniz com sua célebre frase ‘Vivemos no melhor dos mundos possiveis’.
Por outro lado, saindo um pouco do campo das definições teoricas da politica, poderias ter sob a pespectiva de analize politica a Biblia e o Al Corão, para citar apenas duas obras que comportam-se também como constituição politica, e de certa forma poderiamos dizer que essas são constituições Puras, pois trancendem a questão territórial e temporal.
A comunidade tal qual referimos anteriormente ao citar-mos Aristóteles, se figurava mais como uma comunidade em sentido estrito, ou melhor, relacionada a um território em comum, mas esse conceito vai além da questão de campo e consegue se adaptar a uma idéia abstrata ou puramente ideológica.
E esse é principalmente o caso da comunidades religiosas que se organizam politicamente em torno de ideais comuns, de crenças em comum, formando em algumas situações uma espécie de organização politica capaz de interferir nos assuntos internos do pais onde se encontram.
Penso que o maior exemplo seja o dos judeos que viviam na Europa até o estopim dos campos de concentração nazista, a organização da comunidade judaica era tanta que a  influência deles se tornou um problema politico na Alemanha dos anos do Terceiro Reich.
Com certeza as motivações politicas podem ser manifetações de violência, de defesa ou ataque de brutalidade sem precedentes, como já tivemos amostras em duas grandes guerras mundiais, onde a supremacia é imposta por armas, pela morte como exemplo.
O que nos interessa com esses relatos é tentar mostra que a política global vem se configurndo como sendo o extremo oposto da definição de Aristoteles, ou seja pela associação de grupos de interesses em detrimento do bem comum, o comum que precisa estar bem é meramente o mercado que gera lucro aos associados, o pais torna-se o próprio capital, a comunidade está mais abstrata que nunca, ela é o lastro simbólico para onde flue os investimentos.
Sobre essas novas analises da política contemporânea temos um expoente não muito conservador em suas teorias, Giles Deleuze é conhecido por sua obra Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia, mas é de uma entrevista publicada no Brasil com o titulo de Conversações que pegamos as seguintes passagens:
“No capitalismo só uma coisa é universal, o mercado.” (Conversações; Deleuze, p.213.)
“Não existe Estado Universal, justamente porque existe um mercado universal cujas sedes são os Estados, as Bolsas.” (P.213).
“Já não dispomos da imagem de um proletário a quem bastaria tomar consciência.” (P. 213).
A questão da universalização dos individuais, que possibilita a argumentação definitória possibilitanos averiguar a enunciação proposta acima por Deluze, a do mercado universalizado, a globalizaão nos dá aos sentidos esse fenômeno, logo é passivel de verificação. As moedas estão cada vez mais globalizadas, atualmente já se faz a simulação cambial automaticamente, as pessoas tem noções comuns em realçao aos mercados, aos valores dos principais câmbios.
As comunicações interferem nas bolsas, informações privilegiadas não são raras, e a punição de fraudes são quase impossiveis de serem feitas, o mercado de informação é uma boa catra, o de segurança eletronica é tão crescente quanto a compra de cercas eletricas, e o mapeamento das riquezas naturais e das possibilidades de desenpenho das grandes empresas estão quase que absolutamente mapeados, e os governos nacionais dependem como nunca de instituições finaceiras de atuação global, o mercado é a sociedade na qual a politica de estado não tem função ativa, ao contrário.
Poderiamos pensar essas tranformações de forma pessimista simplesmente por estarmos habituados pela hestoria a termos uma forma de governo nitida e da qual o poder emanava de alguma forma, diplomatica ou bélica, mas talvez seja esse tipo de politica, a delimitada pelo mercado pelo capital, pela mão de obra em ultima análise, como algo proximo de uma Democrácia direta, uma democrácia dos bolsos, do lastro volátil que flutua nas bolsas de valores, nos pregões eletronicos, nas assinaturas de planos participativos.
Certamente as comunidades de mercado visam o bem de seus participantes, porém a globalização do mercado que pode se globalizar, o que significa empresas de paises históricamente ligados a explorações colonias, mas não iremos por esse viés, o que queremos dizer aqui é que a universalização do mercado é meramente a continuação do processo colonizador, os estados nacionais europeus e dos paises desenvolvidos, usam sua empresas como tentáculo de suas economias, de suas politicas protencionistas.
Porém, essa caracteristica é vizivelmente natural em todos os meandros das associações humanas, a relação de paises subdesenvolvidos com estados ainda menos desenvolvidos ocorre nos mesmos termos de exploração, o que aparentemente corrobora com a célebre tese de Trasimaco no dialogo Fédon de Platão, onde o mesmo afirma que fazer o bem é ajudar os amigos e prejudicar os inimigos, na politica históricamente observada essa maxima impera garbosamente, com bailes regrados a caviar e bebidas finas.
Uma análise mais aprofundada é sempre o caminho pelo qual se deve caminhar para uma compreensão mais proxima de uma idéia ou noção de verdade, o que fazemos na coletividade é sempre breve para o que buscamos em nossas individualidades, nossos humores e rumores existênciais nos tem, nos permanece presente em um longo e profundo dialógo, e ai buscamos nesse emaranhado de sensações e pensamentos, o bem, o mesmo bem que povoa a sociedade, e assim, em vários bens individuais geramos o imaginário do bem comum, bem esse nunca pleno, distante em sua utopia como nos mesmos imaginamos, e em murmurios solitarios nos rendemos a impossibilidade de ser-mos felizes, como o que pensamos ser o que queremos pensar como felicidade.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Ser Ano

Estopim, pim-bolim, fogos a caçoar de mim
e o 365 chegará ao fim, e se recomeça a contar, em festins.
Torno-me seu osso exposto, como uma estalagmite movel e fragil, e vou me esfarelando.

O tempo magico circundado pela fiel nescessidade de contar a vida.
E de dize-lá de uma qualquer  forma poética que se faz possivel a luz que se tem.
Ida, volta, pausa e reticências a formar linhas infinitas por onde se trilha o trem...

Vago ou cheio de, ou da vida que finda quão flor em jardim seco.
Ano jardineiro vindo e partindo para Janeiro, o matineiro guia da viagem que é.
Aurora da inconsciente esperança de conheçer o maravilhamento pelos sentidos dispertos.