A musica sai da alma, ganha o cérebro,
se treme até aos ouvidos, desgrudando-se,
sai ela orelha a fora e ganha a visão...
Percorre o tato do tocador e adentra as entranhas
do instrumento que a traduz ao cosmos que guarda
anjos, arcanjos deuses e demônios, o silêncio ganha altura.
E reconduz-se novamente aos corpos que a guardam como almas próprias,
ainda pneumática, etérea musa, incerta de ser assim ou assado, num para-além sem lados,
virgulas ou colcheias, sem tal qual, convenhamos, a beleza chega como a morte, sem cerimônias.
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