Hoje tirei a tarde para pedalar a bicicleta que deixou e fui ao campi da universidade, acompanhado de um bom livro, Sêneca, e sentei0me próximo ao R.U., onde pude ter bons momentos, lendo, ouvindo o cantar dos diversos pássaros, observá-los nos estranhos galhos daquelas figueiras que, de tão longos e finos, parecem se sustentar erectos por razão de uma milenar arte de ser paciente, de dar tempo necessário ao ajuntar de cada átomo, de cada molécula, célula por célula, num tturbilhão imensamente barulhento e silencioso, ao mesmo tempo que cresce, para aos meus olhos demasiadamente apressados para a velocidade do microscópico tempo em que aquele galho tece e um prolongar-se de tempos em troncos.
E assim, resumidamente comecei esse ano, como um flamejar consciente de si mesmo, vejo o quanto tua presença me é benéfica, em todos os sentidos, e sem esse não seríamos possível como o somos, o sentido que se apregoa em mim frente a sensação em que imprimes à meu self. Não me preocupo com possíveis infortúnios, bastar-me-ia ter estado contigo até então, e que bom que estamos juntos nessa vida bizarra, em que muitos se ocupam em correr de si mesmos.
E quanto à carta, não a mandei, mas estará à espera de uma leitora, que anda ao longe, mas enfim, os correios eletrônicos são eficazes...
Curti muito este texto!
ResponderExcluirEle é solto, tem ares de liberdade, de consciência de si e do que há ao redor e é, ao mesmo tempo, uma espécie de agradecimento a uma companhia que já existe (talvez projetada, talvez real), mas que ao mesmo tempo dá a liberdade de ser qualquer pessoa, qualquer um que tenha coragem de ser quem realmente é e que esteja disposta a te acompanhar neste mesmo caminho, lado a lado contigo.
Massa!
Obrigado! Gostei do seu comentario, e seu olhar confere a esse escrito, coisas interessantes e que vão alé do mesmo em sua pequenez existencial. O escrito precisa do olhar que o lê e o dá vida.
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