Soava um alarme de celular as 14:30 de um dia de Sexta-feira, era uma tarde que já nascerá contida, sob uma nublada atmosfera, porem quente e escaldante como um caldeirão que por conter agua, ao ser deitado sobre o fogo deixa escapar por suas bordas uma nuvem de vapor quente e inebriante. E continuou por alguns segundos, o irritante tinir digital de um celular que não se encontrava sob a posse daqueles que esperavam por algum ónibus do transporte publico de Cuiabá, no centro de uma lugar qualquer, no lugar onde todos os ventos se chocam e se repelem em altitudes tais que nada, ou quase nada, se resvala para dentro do caldeirão, apenas os pingos daqueles vapores que já cansados e suficientemente pesados, se entregam novamente ao plano radical do processo liquido que prefigura as regiões centrais da América equatoriana, e como habitantes esperimentados ao extremo meio do Equador, todos cochichavam acerca do pressuposto caldo que que os rumores da litosfera prometiam em ventos tais que faziam brandir as nuvens em harmónicos trovões de intervalos curtos e demarcados por relâmpagos que mais pareciam um painel de leds codificados para uma sonata tenebrosa por ser tão vivaz. E o alarme continuava, angustiando ainda mais as pessoas, redobrando os cochichos, pois nada de vir uma baleia, ou um ónibus que os resgatasse para longe daquele maldito celular que ninguém encontrava e do eminente raio que o mesmo poderia atrair para o ponto onde todos aguardavam pelo dito transporte publico. A chuva então começará a cair e com tamanho empenho que os milhares de pingos fizeram com que o timbre do alarme se ocultasse e deixa-se de ser o artigo da alarmante preocupação dos esperançosos usuários da esperança de que haveria de vir um bendito onibos que os levasse para longe do maldito ponto onde se alarmava o terrível celular atrai-dor de raios.
De repente, sem muito a se enxergar através da cortina de agua que descia céu abaixo, um dos cidadões que estava no ponto, alarmou que avistará um grande farol vindo ao longe e em direção ao ponto, ao ponto que uma da senhoras ali presente "arregassou" suas pregas vocais e deu graças a são Benedito pelo bendito onibos que vinha, e não tardou muito para que realmente um onibos chegasse até o ponto do alarme ou do 'raio vinrá'...Resolveu-se aqui não contar o resto, pois seria triste saber que o raio caiu bem na hora em que parou o ónibus, estilhaçando os corpos e o celular. Por isso preferimos interromper esse infame conto. Desculpe-nos e até algo menos trágico.
Sexta-feira que devia ser 13 e não 8, mas como não tem dia para morrer, a data fica bem no lugar em que está. Ônibus fulminado, belo cenário no caótico cotidiano urbano.
ResponderExcluirPois é meu caro, a caoticidade das cidades não perdoam os nossos dias de comemorações.
ResponderExcluirUm abraço Wuldson!
tragiCIDADE pura, né não? e quem está no chão, no ar ou no mar nem se dá conta que está numa espécie de guerra invisível contra a natureza. a natureza que foi atacada primeiro, que está cada dia mais furiosa e combativa. que mais raios caiam, pois a estupidez humana será retaliada sem dó nem piedade, matando culpados e inocentes.
ResponderExcluirA razão desprovida de sabedoria sempre pedira arrego, pois seus excessos são partes de sua estruturação cancerígena.
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