O nascente sol de uns
é o poente sol de outros,
a história muda
pra começar algo de novo.
Transcorrido um velho intento,
na laboriosa via da terra,
o correr do tempo
a tudo enterra.
Mas o canto é passado,
de galho em galho,
pássaro a pássaro,
nos primeiros e nos últimos raios.
Somos a mesma respiração,
do primeiro som de sol a estalar
no mato a antiga canção,
de vento iluminado no dourado a verdejar.
A pestana protege o globo do teu olhar.
O globo te livra do infinito negrume do ar,
e a luz em tua memória
não te deixa temer ausente aurora.
Pouca gente lembra
do porque crê
que o sol,
irá reaparecer.
O pássaro não tem tanta certeza,
por isso canta quando a luz chega,
canta quando ela se vai, como se se pusesse a lamentar
dizendo, que amanhã irá melhorar.
Grato, poeta.
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