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domingo, 28 de setembro de 2014

Ar morto

Sou distancia e medo de aproximar,
por isso lanço morteiros,
certeiros de nos distanciar.

Para além da cerca que te livra,
do meu farpado amor,
que só sangra, sem dor.
Mortifiquei-me na morfina,
que roubei das papoulas afegãs,
para chupar laranjas palestinas, sem sentir sabor.

E a propósito,
desejo mais um dos teus depósitos,
o meu número traduz-se nesse a-deus codificado.

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