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sábado, 9 de agosto de 2014

armação de chuva

fora tão injusto,
primeiro teus belos lampejos
depois seus ruidosos murmúrios

eu caí, mas não morri.
pois não se morre cá, assim,
não na terra dos guris.

chovia só o trovejo, e
como trovadorescos respingos
soluçavam-me intransitivos pingos

3 comentários:

  1. voce tem que dar uma olhada no meu blog tb, uma hora destas... nada autoral, como o seu.

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  2. essa "cigarra morta no pau" é uma referência muito, muito obscura, hein Cléber. Feliz por ser um dos pouco0s que a entendem (não sei se entender é a palavra certa, mas...)!

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  3. a "cigarra" ou que ficou para traz, o que a prendia e a protegia da terra, seu corpo-prisão, para abordar de uma forma clássica rsrs, ela se libertou, tornou-se espirito cantante e voador...a obscuridade está no nosso desejo de fazer o mesmo e de quase sempre fracassar-mos... mas o significa é sempre dado por aquele que vê, ouve, pega, cheira e sente.

    Vou ver seu blog com mais frequência, poste no face.
    Um abraço!

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