Fui tanta coisa sem coisa alguma me ser.
Como pode uma coisa ser tantas outras?
Como poderia eu ter sido uma coisa pensando ser tantas outras?
Deveras não sei, penso que sei que sou o tanto que vejo, que não sou.
E esse tanto, que sou, é tão minúsculo que muito pouco vejo, hora turva, hora disturba.
Me esforço, espremo as vistas e preciso da audição, me prendo ao sentido e esqueço a razão.
A vida é um doidura.
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