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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Nostálgica

Amigos vão,
desvão
encontrar-te-ei
solidão
Quimeras,
quais pontos de interrogações,
luzeiras letras
aluviões

O sol doirava a serra,
a poeira encerrava a espera,
e tu flutuou no crepúsculo,
solene
E no fundo, um pássaro cantou,
como dantes, quando aurora despontou.
Foi deveras belo e ofuscante,
poeira, sol e pássaro cantante.

Mas ainda era dor,
era sensação da memória de tudo que se avoou
para o mais intimo assento,
para esse algo que bombeia na gente
a violência de existir,
sem ter como evitar
a eminência de partir.


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