Translate

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O de Lima era Limão.




João, que tinha dois pés, cortou o de Lima,
e portando apenas um, foi em
direção à casa de Lisa,onde se encontrava tia Margarida.

Ele a procurava, e ao encontrar
Lisa sorriu,estendeu a mão e a entregou um pé
de Salsão. Margarida se espantara, pois limão esperava.

E então perguntou a João, sobre o
pé de Lima João enrubesceu a face, e Lisa
saiu, assim.e Margarida insistiu defronte a face quente.

E João falou que o cortou porque
não sabia que o de limão a tia queria, e
cortou o de Lima, que pra cidade cedo partira.

sábado, 9 de abril de 2011

8 de Abril.

Soava um alarme de celular as 14:30 de um dia de Sexta-feira, era uma tarde que já nascerá contida, sob uma nublada atmosfera, porem quente e escaldante como um caldeirão que por conter agua, ao ser deitado sobre o fogo deixa escapar por suas bordas uma nuvem de vapor quente e inebriante. E continuou por alguns segundos, o irritante tinir digital de um celular que não se encontrava sob a posse daqueles que esperavam por algum ónibus do transporte publico de Cuiabá, no centro de uma lugar qualquer, no lugar onde todos os ventos se chocam e se repelem em altitudes tais que nada, ou quase nada, se resvala para dentro do caldeirão, apenas os pingos daqueles vapores que já cansados e suficientemente pesados, se entregam novamente ao plano radical do processo liquido que prefigura as regiões centrais da América equatoriana, e como habitantes esperimentados ao extremo meio do Equador, todos cochichavam acerca do pressuposto caldo que que os rumores da litosfera prometiam em ventos tais que faziam brandir as nuvens em harmónicos trovões de intervalos curtos e demarcados por relâmpagos que mais pareciam um painel de leds codificados para uma sonata tenebrosa por ser tão vivaz. E o alarme continuava, angustiando ainda mais as pessoas, redobrando os cochichos, pois nada de vir uma baleia, ou um ónibus que os resgatasse para longe daquele maldito celular que ninguém encontrava e do eminente raio que o mesmo poderia atrair para o ponto onde todos aguardavam pelo dito transporte publico. A chuva então começará a cair e com tamanho empenho que os milhares de pingos fizeram com que o timbre do alarme se ocultasse e deixa-se de ser o artigo da alarmante preocupação dos esperançosos usuários da esperança de que haveria de vir um bendito onibos que os levasse para longe do maldito ponto onde se alarmava o terrível celular atrai-dor de raios.
De repente, sem muito a se enxergar através da cortina de agua que descia céu abaixo, um dos cidadões que estava no ponto, alarmou que avistará um grande farol vindo ao longe e em direção ao ponto, ao ponto que uma da senhoras ali presente "arregassou" suas pregas vocais e deu graças a são Benedito pelo bendito onibos que vinha, e não tardou muito para que realmente um onibos chegasse até o ponto do alarme ou do 'raio vinrá'...Resolveu-se aqui não contar o resto, pois seria triste saber que o raio caiu bem na hora em que parou o ónibus, estilhaçando os corpos e o celular. Por isso preferimos interromper esse infame conto. Desculpe-nos e até algo menos trágico.

domingo, 3 de abril de 2011

Carta à Laura.

Hoje tirei a tarde para pedalar a bicicleta que deixou e fui ao campi da universidade, acompanhado de um bom livro, Sêneca, e sentei0me próximo ao R.U., onde pude ter bons momentos, lendo, ouvindo o cantar dos diversos pássaros, observá-los nos estranhos galhos daquelas figueiras que, de tão longos e finos, parecem se sustentar erectos por razão de uma milenar arte de ser paciente, de dar tempo necessário ao ajuntar de cada átomo, de cada molécula, célula por célula, num tturbilhão imensamente barulhento e silencioso, ao mesmo tempo que cresce, para aos meus olhos demasiadamente apressados para a velocidade do microscópico tempo em que aquele galho tece e um prolongar-se de tempos em troncos.
E assim, resumidamente comecei esse ano, como um flamejar consciente de si mesmo, vejo o quanto tua presença me é benéfica, em todos os sentidos, e sem esse não seríamos possível como o somos, o sentido que se apregoa em mim frente a sensação em que imprimes à meu self. Não me preocupo com possíveis infortúnios, bastar-me-ia ter estado contigo até então, e que bom que estamos juntos nessa vida bizarra, em que muitos se ocupam em correr de si mesmos.
E quanto à carta, não a mandei, mas estará à espera de uma leitora, que anda ao longe, mas enfim, os correios eletrônicos são eficazes...