O tempo se foi
na velocidade da bala
com a qual o matei.
Fiquei ao largo,
sem horas pra contar
os causos do espaço.
E todo o estardalhaço,
da poeira cósmica
ficará imóvel,
deitada sobre o sólido,
que agora é pó,
e voa vagamente, pela vaga mente.
E a escuridão
tornara-se um tic-tac quebrado.
Onde mais não brandem, os vermes da fome.?
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terça-feira, 26 de maio de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Lua de Cheshire
Lá no alto uma velha esfera
dependurada feito quimera,
de coisa que é nova
mesmo sendo tão velha.
Aquele chão, de prata que flutua,
as vezes reflete toda, as vezes parte alguma,
da luz que ultrapassa no espaço a curva.
Lua velha,
tão nova
quanto bela.
Pudera eu
ir tirar uma cesta
na rede que armas,
brilhante na treva.
dependurada feito quimera,
de coisa que é nova
mesmo sendo tão velha.
Aquele chão, de prata que flutua,
as vezes reflete toda, as vezes parte alguma,
da luz que ultrapassa no espaço a curva.
Lua velha,
tão nova
quanto bela.
Pudera eu
ir tirar uma cesta
na rede que armas,
brilhante na treva.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Macromitomatizada
Para pincelar a realidade árida,
o sugo-palavra,
que da língua é pedra minerada,
num garimpar em abstrata lavra.
Na relva das ideias,
a existência concreta
é animal visceroso.
O que o homem enjaula?
O que enjaula o homem?
Disso sai o civilizado, do duo enjaulo.
As armas não seriam "civilizadas"
se sua função fosse apenas presa-caça.
A função civilizadora da arma
reside na função presa-homem-escrava.
o sugo-palavra,
que da língua é pedra minerada,
num garimpar em abstrata lavra.
Na relva das ideias,
a existência concreta
é animal visceroso.
O que o homem enjaula?
O que enjaula o homem?
Disso sai o civilizado, do duo enjaulo.
As armas não seriam "civilizadas"
se sua função fosse apenas presa-caça.
A função civilizadora da arma
reside na função presa-homem-escrava.
domingo, 10 de maio de 2015
Apocalíptico
No silêncio de um rio
secam o murmúrio dos ventos
e no vazio do mar,
numa pequena barca,
se esturricam os ossos do esquecimento.
Não há sol que disfarce a palidez da morte,
e nos grãos de areia,
a história é poeira
que se debruça em cinzas.
secam o murmúrio dos ventos
e no vazio do mar,
numa pequena barca,
se esturricam os ossos do esquecimento.
Não há sol que disfarce a palidez da morte,
e nos grãos de areia,
a história é poeira
que se debruça em cinzas.
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